Quinta-feira, 22 de Maio de 2008
Quarta-feira, 14 de Maio de 2008
Sábado, 10 de Maio de 2008
João César das Neves
professor universitário
" Fala-se muito de uma hostilidade do Governo à Igreja. Não há real perseguição, mas sinais que alguns assim interpretam. O Ministério da Educação estrangula os colégios, ASAE e Segurança Social assediam creches e obras paroquiais, restringem-se os capelães, não se regulamenta a nova Concordata. Como tudo isto é feito sob capa formal e declarações pacificadoras, pode ter uma interpretação neutra. Agora porém é oficial: há mesmo um menosprezo pela fé católica.
No preâmbulo do Projecto de Lei n.º 509/X, sobre as "alterações ao Regime Jurídico do Divórcio", já apresentado e aprovado, o PS assume-o explicitamente: "O que está em causa não é necessariamente o abandono das referências religiosas, mas antes uma retracção destas para esferas mais íntimas e assumindo dimensões menos consequenciais em outros aspectos da vida."
Imaginem os senhores deputados que um dia se aprovava uma lei onde se dizia não estar em causa o abandono do PS, mas uma retracção dele para "esferas mais íntimas" e "dimensões menos consequenciais na vida". Ficariam os socialistas contentes com essa retracção para esferas íntimas? Aceitariam ser menos consequenciais na vida? Não interpretariam essa lei como uma forma de ataque e perseguição? É razoável os cristãos acharem o mesmo agora. E não se diga que não é a mesma coisa porque, se há diferenças, é que a religião é mais abrangente e influente que a ideologia.
O diploma apresenta duas motivações para essa atitude. A primeira é realista, constatando "três grandes movimentos que foram ocorrendo no decurso do século XX (...) sentimentalização, individualização e secularização". Se a sociedade é assim, que se há-de fazer? Mas essa justificação, aparentemente objectiva, é muito fraca. A lei agora apresentada não fica justificada pela evolução da realidade, mas pela interpretação política dessa evolução. No mesmo período verificaram-se muitas outras tendências sociais, como o aumento da droga, solidão e criminalidade. Será que, por serem movimentos reais e observáveis, são inevitáveis e devem ter leis que os promovam? A diferença entre eles é que a ideologia do Governo aprova os primeiros mas reprova os segundos. O PS acha que o divórcio deve ser facilitado e a droga combatida.
A coisa é ainda mais grave porquanto as análises científicas sérias mostram claramente que o divórcio e a degradação da família, causados pelas ditas sentimentalização, individualização e secularização, estão entre as principais causas do aumento da droga, solidão e crime. A lei promove aquilo que quer combater.
A outra justificação do texto é histórica. O referido preâmbulo, além de invocar pergaminhos científicos, também se arvora em juiz do passado. Em particular, "o projecto de lei que se apresenta pretende retomar o espírito renovador, aberto e moderno que marcou há quase cem anos a I República". É preciso coragem para alguém se apresentar hoje como herdeiro da I República, o maior desastre socioeconómico da história recente de Portugal. Que, além disso, criou a maior perseguição à Igreja desde Abd ar-Rahman II (emir de 822 a 852). Não há dúvida que, a um ano de eleições, o PS se arrisca bastante ao retomar esse suposto espírito "renovador, aberto e moderno".
Deve dizer-se que ao fazê-lo, se viola o espírito do 25 de Abril. Uma das principais diferenças entre as revoluções de 1910 e 1974, entre Afonso Costa e Mário Soares, é precisamente a hostilidade à Igreja, que o bem sucedido regime democrático actual recusou. Parece que Sócrates, esquecendo isso, está a ser forçado a preferir a maçonaria à democracia.
Esta hostilidade, agora franca e aberta, é boa para a fé. Uma perseguição faz sempre muito bem à Igreja, purificando-a e renovando-a. O problema está no que entretanto sofrem as crianças das escolas e creches, os idosos do centros de dia e obras sociais. Os serviços estatais, apesar das suas tendências totalitárias, nunca conseguem substituir as paróquias. Uma perseguição à Igreja, mesmo envergonhada, acaba sempre por prejudicar os pobres. "
Quarta-feira, 7 de Maio de 2008
Na manhã do passado sábado, dia 3 de Maio, 15 elementos do Grupo de Jovens partiram em direcção a Fátima, a fim de participarem no Fátima Jovem.
Este evento, realizado sempre no 1º fim de semana de Maio, consiste numa Peregrinação Nacional de Jovens a Fátima, que aí se deslocam com o intuito de oração, reconciliação com Deus e encontro consigo próprios.
Do programa do 1º dia fizeram parte diversas actividades, desde animação musical, interacção entre os jovens das várias dioceses e tempos de oração e reflexão. A noite foi preenchida com o terço, seguido de procissão das velas, e ainda uma vigília de oração na Igreja da Santíssima Trindade.
No domingo de manhã, e em jeito de conclusão deste Fátima Jovem 2008,
celebrou-se a Eucaristia Dominical no recinto do Santuário, na qual participaram jovens de diversas dioceses, entre as quais Aveiro.
Segunda-feira, 5 de Maio de 2008
"SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS ATÉ AOS CONFINS DA TERRA"
Na Casa Diocesana da Senhora de Socorro em Albergaria-a-velha realizou-se um Cursilho de Cristandade de 1 a 4 de Maio. Para além da Equipa, participaram 33 Senhoras, que por inteira disponibilidade deixaram as suas casas, as suas vidas, tudo, para conhecerem: Deus, os Homens, o mundo e Elas próprias.
Sabemos que antes de falarmos ao homem, temos de falar do homem a Deus. E falar a Deus é pela oração e pelo sacrifício.
Para o Cursilhista estar em Intendência é estar em oração, estar em sacrifício. É uma “alavanca” necessária e importante na transformação do coração do homem.
Então, no dia 2 de Maio houve uma Intendência em Valongo do Vouga. Uma Igreja cheia de Cursistas de toda a Diocese e outros não Cursistas, para testemunhar a alegria de ser Cristão.
Rezamos por todas as mulheres que estavam na Casa Diocesana,
para que:
Ø Aprofundassem mais a responsabilidade do ser cristão;
Ø Se consciencializassem, que não podem jogar com o Sangue de Cristo nem passar por cima das orações e sacrifícios de tantos, que se preocupam com a sua salvação;
Ø Escutassem as palavras de São Paulo: “ Exorto-vos a que não recebais em vão as graças de Deus”.
Na Intendência também rezamos pela Equipa responsável, pois é na sua conversão permanente a este Cristo, mestre e Senhor das nossas vidas, que melhor a Graça de Deus ” tocará” o coração daquelas Mulheres.
Esta Intendência foi por certo FORÇA para os presentes, mas sobretudo foi envolvida da Graça de Deus, recheada pelo entusiasmo de quem a preparou, adornada pelo carinho da disponibilidade dos Irmãos Cursilhistas que acolheram os que vieram, que com a sua criatividade mostraram quanto estão activos ao Serviço da Igreja e do Senhor aos Irmãos, através do Movimento dos Cursilhos de Cristandade.